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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Medição mais precisa piorou sensação sobre mudanças climáticas

Chuva no início do dia, sol forte no meio da tarde e frio no começo da noite. Variações de temperatura são cada vez mais comuns e podem causar enchentes e queimadas espontâneas no cerrado. O uso do sistema de posicionamento global (GPS) e a instalação de estações pluviométricas em 98% das grandes cidades mundiais têm contribuído para a percepção da alteração nas temperaturas. A evolução na medição também pode ter influência na sensação de que a situação é pior hoje.
"As mudanças climáticas se devem, não única, mas principalmente à ação do homem", afirma Saulo Rodrigues Pereira Filho, professor e coordenador de Ensino do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB). Segundo o especialista, desde a primeira Revolução Industrial, no século XVIII, houve o crescimento da temperatura média do planeta, o que já causou o derretimento de 25% do polo norte. A grande questão é a emissão dos gases de efeito estufa (GEE) dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e os perfluorcarbonetos (PFC's) na atmosfera terrestre. Das emissões globais, três quartos têm origem na queima de combustíveis fósseis para usos variados, e a fração restante é originada pelo desmatamento.

No Brasil, no entanto, essa relação se inverte. "Aqui, 75% dos gases vêm do desmatamento e apenas 25% do uso dos combustíveis fósseis", afirma Pereira. A grande vilã brasileira é a fronteira de ocupação agrícola, que se estende em direção à Amazônia. A floresta e o cerrado dão lugar à soja, à cana de açúcar, à pecuária e, assim, ao aquecimento global. Essa inversão também ocorre na Indonésia, na Malásia e nos países africanos, que têm sua economia dependente da produção de bens primários. A seu favor, o Brasil também tem o fato de poupar petróleo e carvão ao optar por fontes mais limpas de energia, como hidrelétricas, e o incentivo ao uso de etanol nos carros.


Medição eficiente dos impactos é recente
É fácil apontar os erros cometidos pelos homens, mas ainda não se pode quantificar exatamente a parcela dessas ações no processo de variação do clima. Para Modesto Guedes Ferreira Júnior, professor do curso de engenharia ambiental da Universidade Estácio de Sá. "Além de os registros não serem feitos com tanta eficiência no passado, hoje existe consciência muito maior do que está ocorrendo. O terremoto no Japão, por exemplo, foi acompanhado pelo mundo todo quase em tempo real", explica.

O registro das temperaturas, explica Mozar de Araújo Salvador, meteorologista da Coordenação Geral de Desenvolvimento e Pesquisa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é feito por meio de termômetros nas estações meteorológicas em todo o mundo, e suas leituras são feitas sempre nos mesmos horários padronizados pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Como há várias décadas o tipo de instrumento e a metodologia de coleta de dados são as mesmas nos países associados a OMM, não seria correto dizer que as alterações climáticas registradas hoje devem-se a novas tecnologias. "As variações climáticas são naturais, com anos mais quentes e outros mais amenos. Especificamente no Sul do Brasil, temos observado ao longo dos anos que há uma forte flutuação ano a ano", afirma Salvador. Para o meteorologista, para se afirmar com precisão se existe uma tendência de elevação nas temperaturas e quantificá-la, seria necessária uma investigação específica com os dados dessa região.

A avaliação, afirma o pesquisador da UnB, deve ser feita tomando-se como base milhares de anos. "Não basta olhar os últimos cinco, 10 nem 100 anos. Trata-se de um exame rigoroso das eras geológicas da Terra, desde o começo dela, o que chamamos de estudos paleoclimáticos", afirma. Para se analisar o clima, deve-se levar em conta o passado histórico, para conseguir enxergar um padrão e poder afirmar o que seja uma anomalia climática ou não.

Reforço na educação
Embora a discussão ainda esteja quente no meio científico, o professor de geografia e mestre em educação Francisco Djacyr Silva de Souza, autor do livro Preservação do ambiente: uma ação de cidadania, acredita que os alertas ecológicos foram dados, mas acabaram ignorados pelos governantes. Para ele, o sistema acaba promovendo o uso excessivo dos recursos naturais que desencadeiam poluição, destruição de ecossistemas, desaparecimentos de mananciais, retirada da cobertura vegetal e diminuição da área verde. "É preciso mudar urgentemente nossa mentalidade em relação ao planeta. É preciso ouvir as mensagens que o próprio planeta nos está dando e que muitos não ouvem ou fingem que não ouvem", avalia.

Por outro lado, para Pereira, o caminho passa por uma repensada de atitude de todos os indivíduos, não só do poder público: "economia verde não basta, temos também que rever nossos padrões de consumo". Paralelamente ao desenvolvimento de novas tecnologias que permitam a maior eficiência no uso de energia, segundo o pesquisador, a sociedade precisa reavaliar suas atitudes. Uma vez que o consumo é muito impactante para o equilíbrio climático, o conselho é priorizar bens imateriais como opções aos produtos poluentes. Prefira investir na sua educação a comprar um carro, e faça bem para o planeta, afirma o pesquisador.


Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A nova riqueza dos pobres

http://basseta2007.blogspot.com/2011/12/las-fiestas-del-consumismo.html
Dezembro é o mês das compras, como maio é o das noivas, agosto é o do desgosto, junho é o das fogueiras e fevereiro é o do Carnaval. Os estudantes aguardam dezembro como o mês das férias; as crianças, como o do Natal. Para os trabalhadores, é o mês em que eles pensam que estão mais ricos. 

Recebem o 13º salário ou parte dele - e compram. A verdade é que já há algum tempo vêm se sentindo menos pobres, vêm comprando. A queda da inflação deixou sobrar no bolso deles a parte do salário que se queimava na fogueira do aumento de preços. 
Compram de tudo. Um compra geladeira nova porque a velha, bom, gelar ela gelava direitinho, mas gastava muita energia. Outro compra televisão nova porque a velha não tem tela plana de LCD, 42 polegadas, e a vizinha pensa que é melhor do que a gente só porque comprou uma de 36 polegadas. Compram DVD, celular para a filha adolescente, forno de micro-ondas, MP3, 4, 5, freezer, videogames, fogão novo, carro. Qual é a mágica? É a prestação que "cabe no bolso". 

Perdiam dinheiro para a inflação, agora perdem para os juros. Em vez de guardarem o dinheiro por seis meses e comprarem à vista com desconto, preferem parcelar em doze meses e pagar o dobro, ou em 24 meses e pagar o triplo. Ficam na mão de espertos, aqueles que lucravam com especulações de curto prazo durante a grande inflação e agora lucram financiando prestações. Os novos compradores não fazem essa conta. Cabendo no orçamento do mês, pagam. Querem se sentir parte da grande nação de consumidores, participar da vida colorida dos anúncios da televisão, esquecer por um momento que não têm escola, atendimento médico, transporte, esgoto, segurança... 

O marido da senhora que faz limpeza na casa de uma amiga esteve desempregado quase um ano. Como não tem nenhum preparo técnico, integrava a turma do bico. Arranjou emprego e, no dia do primeiro pagamento, ele e a mulher compraram uma geladeira nova. Três meses depois, ele estava desempregado outra vez, de volta ao bico. Não se abalaram. O que importa para eles é que a geladeira está em casa há quatro meses e estão conseguindo pagar, seguem tocando a vida. 

- Se nós não tivesse comprado a geladeira, não ia comprar nunca - diz ela, otimista, bebendo sua água geladinha e mantendo protegido o leite das crianças. 

Essa atitude otimista acontece em um momento crítico para o trabalhador no mundo. Caem os investimentos e o comércio entre as nações. As indústrias investem em processos de produção que rendem mais e custam menos. Novas tecnologias provocam dispensas, e não só por lá. Resulta o que se poderia chamar de globalização do olho da rua. 

Mais de 200 milhões de trabalhadores formais perderam o emprego no mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho; quase 1 bilhão de pessoas em condições de trabalhar não encontram vagas, 700 milhões vivem de expedientes, se virando. É a globalização do bico. Milhões sem conta não conseguem nem se virar. É a globalização do dane-se. 

Se alguma conclusão se pode tirar da ingênua tendência compradora daqueles que têm tão pouco, é a de que ela nasce de um incompreensível otimismo - incompreensível para nós, atormentados da classe média. Ao redor deles pipocam dificuldades, mas eles, confiantes, jogam com o destino como se ele fosse uma Mega-Sena que um dia vai dar.
Ivan Angelo
Veja São Paulo - 14/12/2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Belo Monte


Belo Monte: uma obra sem respostas ás populações

http://voodobeijaflor.blogspot.com

As discussões a respeito da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte ainda dividem a população de Altamira e municípios próximos. São discussões que resvalam quase sempre para o terreno das defesas apaixonadas. Mas a paixão com que defensores e detratores lidam com a questão acaba sendo resultado mais do modo não muito claro com que o empreendimento foi tratado até agora. As informações nunca são suficientemente exatas. Essa sempre foi uma das principais críticas do Ministério Público Federal.
Um exemplo é a questão indígena. A bacia do rio Xingu abriga 31 terras indígenas, além de quatro unidades de conservação. Há quatro reservas extrativistas. Mesmo assim, os estudos de impacto ambiental realizados na área em nenhum momento foram capazes de identificar o número total de comunidades e povos que serão afetados pela obra.
O projeto da usina prevê a alteração no fluxo do rio. Os danos ambientais, sociais e econômicos ainda não foram mensurados na sua integridade. Um painel de especialistas da Universidade Federal do Pará, coordenados pela pesquisadora Sonia Magalhães, há muito vem alertando sobre as deficiências dos Estudos de Impacto Ambiental. “O EIA-RIMA do AHE Belo Monte não fez um bom estudo sobre a realidade. Não incluiu todos os que serão atingidos, não incluiu todos os impactos ambientais e apresentou estudos e metodologias insuficientes”, afirmou em abril a pesquisadora num painel para discutir Belo Monte em Altamira.
As estimativas do Movimento Xingu Vivo para Sempre é de que mais de 50 mil pessoas serão atingidas, incluindo aí, comunidades indígenas, ribeirinhas, pescadores, agricultores e populações extrativistas. “É um projeto extremamente nocivo e que está sendo empurrado goela abaixo”, diz Antonia Melo, do Xingu Vivo.
OUTRO LADO
O Consórcio Norte Energia, responsável pela obra, nega tantos impactos. “Foi tomado o cuidado de não inundar terras indígenas, que permanecerão intocadas pela barragem, canteiros de obra, estradas de acesso e demais estruturas de engenharia necessárias para a construção da hidrelétrica de Belo Monte. Destaca-se que nenhum empreendimento hidroelétrico será construído no rio Xingu a montante de Belo Monte, pois estes atingiriam terras indígenas – decisão adotada formalmente pelo Conselho Nacional de Política Energética. Nenhuma comunidade indígena será realocada pelo empreendimento, reafirmando o compromisso do projeto com a redução dos impactos sobre a área circundante”, diz a empresa.
Além disso, segundo a Norte Energia, o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte prevê a implantação de Unidades de Conservação em duas áreas situadas na margem direita do rio Xingu, permitindo a formação de um bloco contínuo de florestas. Com uma área aproximada em um milhão de hectares, próximo às terras indígenas, a área preservada equivaleria a quase duas vezes o território do Distrito Federal.
Uma das obras ligadas a Belo Monte é a barragem da Ilha Pimental. Ela irá cortar a descida da água do Xingu para passar pelos canais. Um paredão de seis quilômetros cortando o rio está previsto para ser construído. O Movimento Xingu Vivo teme o assoreamento de igarapés, como os do Gaioso e de Maria, nas proximidades da terra Juruna do Pakisamba. Outra represa também deve ser construída no igarapé do Paquiçamba.
Para Xingu Vivo, há ‘julgamentos políticos’
“Em Volta Grande, que é um tipo de entorno de rio único no mundo, a possibilidade é que passe a haver pouca água, dezenas de espécies de peixes devem desaparecer, os que sobreviverem serão poucos, os igarapés devem secar e muitas ilhas podem se acabar”, diz o biólogo Leandro Melo, da UFPA em Altamira.
A Norte Energia discorda de críticas dessa natureza. Segundo o consórcio, a construção da barragem não prejudicará o regime hídrico do rio Xingu. “Muito pelo contrário, atestam os estudos que fundamentam o projeto de Belo Monte. Haverá uma regularização do rio em Altamira, que perceberá um nível d’água constante graças à barragem. A Volta Grande do rio Xingu, evidentemente, não secará. Está garantida a vazão sanitária para todo o trecho afetado, exigência ambiental indispensável, permitindo a manutenção do curso original do rio e a preservação do ecossistema local”, garante a empresa.
JUSTIÇA
Antonia Melo, do Xingu Vivo, diz que todas as liminares impetradas até agora e todas as ações, principalmente as que estão sendo feitas pelo Ministério Público Federal, têm sido julgadas de forma mais política do que técnica. “Esses empreendimentos passam por cima das leis. E o que o Governo Federal quer e pronto. é dessa forma que Belo Monte e outras hidrelétricas estão sendo feitas no Brasil”.
Protestos em Belém, Altamira e mais cinco capitais
A manhã de sábado (17), foi marcada por protestos em Belém e outras cinco capitais brasileiras. Atos contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte em Altamira integraram o “Dia X pelo Xingu e Contra Belo Monte”, que em Belém reuniu representantes de organizações sociais e ambientais na praça da República. Na capital, eles percorreram várias ruas do centro, em direção à praça do Relógio, onde houve um ato político-cultural.
LIMINAR
“Estamos aqui não só protestando contra a usina, mas também contra a decisão da Justiça que suspendeu a liminar que impedia que a construção alcançasse o leito do rio Xingu, o que ainda vai prejudicar várias famílias”, afirmou Marquinhos Mota, do Comitê Xingu Vivo, responsável pela organização do protesto.
Além de Belém, os protestos foram realizados em São Paulo, Cuiabá, Manaus, Salvador, Porto Alegre e também na cidade de Altamira. “A cada mês vamos fazer uma nova ação nas ruas e vamos denunciar na imprensa, nas redes sociais, na Organização dos Estados Americanos, e ingressar com ações. Faremos o possível para parar com esse projeto”, disse Mota.
(Diário do Pará)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Realidades Diferentes

Já se perguntou qual é o seu referencial de felicidade?

Nas pedreiras, nas carvoarias, nos canaviais, nas ruas...elas ainda continuam sendo exploradas.
Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças de 


adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil,

segundo PNAD (Pesquisa Nacional de Amostras de

Domicílios- IBGE) 2007. Desse total, 1,2 milhão estão na 


faixa entre 5 e 13 anos.





Acontecendo por aqui...


Mauá define seu Plano de Resíduos em Fórum de Meio Ambiente no sábado (17)
Proposta irá compor política municipal de saneamento; debate é aberto à população

O Encontro do Fórum Ampliado de Meio Ambiente será realizado no próximo sábado (17), a partir das 9h, na sede da Secretaria de Meio Ambiente, à rua Santa Cecília, 489, no bairro Matriz, onde será concluída a discussão sobre o Plano Municipal de Resíduos. O encontro é organizado pela Secretaria, que atua em conjunto com o Fórum composto por representantes de vários segmentos sociais da cidade. O encontro contará com os representantes indicados nas plenárias e reuniões anteriores e é aberto à população.

A proposta em debate é produto do trabalho da Câmara Técnica de Resíduos e das discussões desenvolvidas durante onze plenárias realizadas em diversos bairros da cidade. A meta é promover a participação popular na formulação de políticas públicas ambientais.

Depois de concluída a fase de discussão pública do plano, será a vez de formatá-lo tecnicamente para que possa compor o Plano Municipal de Saneamento, em conjunto com os Planos de Água, Esgotamento Sanitário e de drenagem Urbana.

Para o Secretário de Meio Ambiente, José Afonso Pereira, “a construção de uma política púbica dessa importância é um esforço contínuo de envolvimento dos moradores e dos segmentos organizados que atuam alinhados com tema dos resíduos. É preciso que a política nacional seja efetivada e Mauá avance no cuidado com os resíduos produzidos.”


Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá
Secretaria de Comunicação Social

Esperança

Midia News | Meio Ambiente | Código Florestal: Marina Silva pede veto de Dilma



Com exceção dos congressistas da Banca Ruralista, o Brasil todo também pede...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Rio Tamanduateí

Projeto Índice de Poluentes Hídricos

Vale a pena conferir
Trata-se de um estudo do Rio Tamanduateí, quanto ás questões de poluição do maior Rio do Grande ABC.

http://projetoiph.blogspot.com/p/microbiologia.html

Este link acima dá conta de um dos estudos referente ao projeto.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Evolução? Tire suas conclusões...



Vídeo sugerido pelo meu amigo Prof° Renato Brando...vários assuntos, muito aprendizado em nossas conversas de janela!!!

Fala mais que legítima.




Em 09 de Novembro, Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1)
julgou  processo que pedia a suspensão das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, 
por falta de consulta prévia aos indígenas.  O julgamento foi desempatado pela 
desembargadora Maria do Carmo Cardoso, que manteve o licenciamento ambiental da usina. 

A ação julgada foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) que sustentava, conforme a conversão 169 da OIT e o artigo 231 da Constituição Federal, que os povos tradicionais 
impactados pelos empreendimentos têm direito à consulta prévia. Maria do Carmo afirmou que o decreto legislativo que autorizou Belo Monte não determina o momento da consulta prévia.  A desembargadora elogiou o voto do desembargador Fagundes de Deus, que também votou contra os direitos dos indígenas.  Somente a relatora Selene Almeida votou favorável ao recurso do MPF. Além da ação sobre a consulta prévia aos povos indígenas, outras 13 ações denunciando ilegalidades no processo de Belo Monte aguardam julgamento. (Portal Amazônia / Foto fonte. portal G1-http://g1.com.)



Até quando esperar?

Conferência Climática, em que se falou, refletiu e nada efetivo foi feito!

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1019718-cop-17-chega-a-acordo-historico-mas-adia-protecao-ao-clima.shtml

Virada Inclusiva em Diadema

Projeto muito especial idealizado pela minha querida amiga Camila Matos ( Jardim Botânico de Diadema)

Parabéns Cá, deu frutos!

Mais aqui

domingo, 11 de dezembro de 2011

Quem hoje é vivo corre perigo!


Louca? Não, apenas amo a vida!




Quem nunca foi á uma vista ao zoológico com 15 ônibus de estudantes não sabe o que é desespero! Mas no fim , valeu a pena!







Fazendo Acontecer...

Iniciativa super válida...entra e se inscreve...http://pt-br.facebook.com/pages/Instituto-Cleber-Leite/266226926754940



Porque podemos sempre evoluir!

A polêmica em torno da construção da usina de Belo Monte na Bacia do Rio Xingu, em sua parte paraense, já dura mais de 20 anos. Entre muitas idas e vindas, a hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, vem sendo alvo de intensos debates na região, desde 2009, quando foi apresentado o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) intensificando-se a partir de fevereiro de 2010, quando o MMA concedeu a licença ambiental prévia para sua construção

O s movimentos sociais e lideranças indígenas da região são contrários à obra porque consideram que os impactos socioambientais não estão suficientemente dimensionados. Em outubro de 2009, por exemplo, um painel de especialistas debruçou-se sobre o EIA e questionou os estudos e a viabilidade do empreendimento. Um mês antes, em setembro, diversas audiências públicas haviam sido realizadas sob uma saraivada de críticas, especialmente do Ministério Público Estadual, seguido pelos movimentos sociais, que apontava problemas em sua forma de realização.

A inda em outubro, a Funai liberou a obra sem saber exatamente que impactos causaria sobre os índios e lideranças indígenas kayapó enviaram carta ao Presidente Lula na qual diziam que caso a obra fosse iniciada haveria guerra. Para culminar, em fevereiro de 2010, o Ministério do Meio Ambiente concedeu a licença ambiental, também sem esclarecer questões centrais em relação aos impactos socioambientais.

Veja abaixo um resumo dessa história que teve início em fevereiro de 1989, em Altamira, no Pará, com a realização do I Encontro dos Povos Indígenas no Xingu.

Realizado entre 20 e 25 de fevereiro de 1989, em Altamira (PA), o I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, reuniu três mil pessoas - 650 eram índios - que bradaram ao Brasil e ao mundo seu descontentamento com a política de construção de barragens no Rio Xingu. A primeira, de um complexo de cinco hidrelétricas planejadas pela Eletronorte, seria Kararaô, mais tarde rebatizada Belo Monte. De acordo com o cacique Paulinho Paiakan, líder kaiapó e organizador do evento ao lado de outras lideranças como Raoni, Ailton Krenak e Marcos Terena, a manifestação pretendia colocar um ponto final às decisões tomadas na Amazônia sem a participação dos índios. Tratava-se de um protesto claro contra a construção de hidrelétricas na região.


Encontro de Altamira reuniu 3 mil pessoas, 650 índios, entre elas, e foi considerado um marco do socioambientalismo no Brasil.
Em 2008, 19 anos depois, realizou-se em Altamira o II Encontro dos Povos Indígenas do Xingu e daí nasceu o Movimento Xingu Vivo para Sempre.
  • Saiba mais no item Notícias deste Especial.
    Na memória dos brasileiros, o encontro ficou marcado pelo gesto de advertência da índia kaiapó Tuíra, que tocou com a lâmina de seu facão o rosto do então diretor da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, aliás presidente da estatal durante o governo FHC. O gesto forte de Tuíra foi registrado pelas câmaras e ganhou o mundo em fotos estampadas nos principais jornais brasileiros e estrangeiros. Ocorrido pouco mais de dois meses após o assassinato do líder seringueiro Chico Mendes, em Xapuri (AC), que teve repercussão internacional, o encontro de Altamira adquiriu notoriedade inesperada, atraindo não apenas o movimento social e ambientalista, como a mídia nacional e estrangeira.
    O I Encontro dos Povos Indígenas foi o resultado de um longo processo de preparação iniciado um ano antes, em janeiro de 1988, (veja o item Histórico) depois que o pesquisador Darrel Posey, do Museu Emílio Goeldi do Pará, e os índios kaiapó Paulinho Paiakan e Kuben-I participaram de seminário na Universidade da Flórida, no qual denunciaram que o Banco Mundial (BIRD) liberara financiamentos para construir um complexo de hidrelétricas no Rio Xingu sem consultar os índios. Convidados por ambientalistas norte-americanos a repetir o depoimento em Washington lá foram eles. E, por causa disso, Paiakan e Kube-I acabaram enquadrados pelas autoridades brasileiras, de forma patética, na Lei dos Estrangeiros e, por isso, ameaçados de serem expulsos do país. O Programa Povos Indígenas no Brasil, do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (Cedi), uma das organizações que deu origem ao Instituto Socioambiental (ISA), convidou Paiakan a vir a São Paulo, denunciou o fato e mobilizou a opinião pública contra essa arbitrariedade.
    Para avançar na discussão sobre a construção de hidrelétricas, lideranças kaiapó reuniram-se na aldeia Gorotire em meados de 1988 e decidiram pedir explicações oficiais sobre o projeto hidrelétrico no Xingu, formulando um convite às autoridades brasileiras para participar de um encontro a ser realizado em Altamira (PA). A pedido de Paiakan, o antropólogo Beto Ricardo e o cinegrafista Murilo Santos, do Cedi, participaram da reunião, assessorando os kaiapó na formalização, documentação e encaminhamento do convite às autoridades. Na seqüência, uniram-se aos kaiapó na preparação do evento. O encontro finalmente aconteceu e o Cedi, com uma equipe de 20 integrantes, reforçou sua participação naquele que seria, mais tarde, considerado um marco do socioambientalismo no Brasil. Ao longo desses anos, o Cedi, e depois o ISA, acompanharam os passos do governo e da Eletronorte na questão de Belo Monte, alertas para os impactos que provocaria sobre as populações indígenas, ribeirinhas e todo o ecossistema da região.

    Listada no governo FHC como uma das muitas obras estratégicas do programa Avança Brasil, a construção do complexo de hidrelétricas no Rio Xingu faz parte da herança legada ao governo Lula, eleito em novembro de 2002. Herança que era bem conhecida. Tanto assim, que o caderno temático O Lugar da Amazônia no Desenvolvimento do Brasil, parte do Programa do Governo do presidente eleito, alertava: “Dois projetos vêm sendo objeto de intensos debates: a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e o de Gás de Urucu, no Amazonas. Além desses também preocupam as 18 barragens propostas na Bacia do Rio Araguaia e Tocantins. A matriz energética brasileira, que se apóia basicamente na hidroeletricidade, com megaobras de represamento de rios, tem afetado a Bacia Amazônica. Considerando as especificidades da Amazônia, o conhecimento fragmentado e insuficiente que se acumulou sobre as diversas formas de reação da natureza em relação ao represamento em suas bacias, não é recomendável a reprodução cega da receita de barragens que vem sendo colocada em prática pela Eletronorte”.
    Decisão ficou para o governo Lula
    Exemplos infelizes como a construção das usinas hidrelétricas de Tucuruí (PA) e Balbina (AM), as últimas construídas na Amazônia, nas décadas de 1970 e 1980, estão aí de prova. Desalojaram comunidades, inundaram enormes extensões de terra e destruíram a fauna e flora daquelas regiões. Balbina, a 146 quilômetros de Manaus, significou a inundação da reserva indígena Waimiri-Atroari, mortandade de peixes, escassez de alimentos e fome para as populações locais. A contrapartida, que era o abastecimento de energia elétrica da população local, não foi cumprida. O desastre foi tal que, em 1989, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), depois de analisar a situação do Rio Uatumã, onde a hidrelétrica fora construída, concluiu por sua morte biológica. Em Tucuruí não foi muito diferente. Quase dez mil famílias ficaram sem suas terras, entre indígenas e ribeirinhos. Diante desse quadro, em relação à Belo Monte, é preciso questionar a forma anti-democrática como o projeto vinha sendo conduzido, a relação custo-benefício da obra, o destino da energia a ser produzida e a inexistência de uma política energética para o país que privilegie energias alternativas.
    Essas questões continuam a ser repisadas pelos movimentos sociais que atuam na região, como por exemplo, o Movimento Xingu Vivo para Sempre, criado recentemente, e que reúne os que levam adiante a batalha contra a construção de Belo Monte e de outras hidrelétricas no Rio Xingu.
    Empossado na presidência da Eletrobrás, em janeiro de 2003, o físico Luiz Pinguelli Rosa, declarou à imprensa que o projeto de construção de Belo Monte seria discutido e opções de desenvolvimento econômico e social para o entorno da barragem estariam na pauta, assim como a possibilidade de reduzir a potência instalada, prevista em 11 mil megawatts (MW) no projeto original.
    A persistência governamental em construir Belo Monte está baseada numa sólida estratégia de argumentos dentro da lógica e vantagens comparativas da matriz energética brasileira. Os rios da margem direita do Amazonas têm declividades propícias à geração de energia, e o Xingu se destaca, também pela sua posição em relação às frentes de expansão econômica (predatória) da região central do país. O desenho de Belo Monte foi revisto e os impactos reduzidos em relação à proposta da década de 80. O lago, por exemplo, inicialmente previsto para ter 1.200 km2, foi reduzido, depois do encontro, para 400 km2. Os socioambientalistas, entretanto, estão convencidos de que além dos impactos diretos e indiretos, Belo Monte é um cavalo de tróia, porque outras barragens virão depois, modificando totalmente e para pior a vida na região.Mais aqui...
  • Etapa Concluída

    Finalizando um momento muito querido e enriquecedor...


    Meu muito obrigada a todos os que estiveram presentes em minha vida nessa fase de transformações e experiências mais que especiais...



    2012 ainda é promessa, porém já me preparo para o melhor!

    Educar? Por que?

    Por que educar ?

    “A principal meta da Educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.” (Piaget)

    Gould

    "Acontece que um homem não atinge a condição de Galileu simplesmente
    por ter sido perseguido; ele também precisa estar certo"
    (Stephen Jay Gould)

    Educação Ambiental

    A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, cria uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que diz respeito a um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o envolvimento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar. 

    O desafio que se coloca é de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora em dois níveis: formal e não formal. Assim, ela deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social.

    O seu enfoque deve buscar uma perspectiva de ação holística que relaciona o homem, a natureza e o universo, tendo como referência que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o ser humano. 

      (JACOBI Pedro, Professor Associado da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da USP, Março/2003)

    Direitos Humanos

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